Maputo – O vice-presidente da Área do gás natural Liquefeito da multinacional norte-americana Anadarko, Andrew Seck, defendeu quinta-feira, em Maputo, que Moçambique tem condições para produzir gás natural de classe mundial e se posicionar como um motor neste sector.

MAPA DE MOÇAMBIQUE
FOTO: ANGOP
Falando durante a Mozambique Gas Summit, uma conferência internacional sobre gás, iniciada quinta-feira, na capital moçambicana, Seck disse que o país deve preparar-se para se assumir como uma potência no sector de gás, a partir da década de 2020, aproveitando a previsão de equilíbrio entre a procura e a oferta que deverá ocorrer nesse período.
Considerou que, todos os projectos contam com uma janela de oportunidade nas áreas energéticas e entre 2022 e 2023, Moçambique terá a oportunidade de se posicionar como um grande motor e novo actor neste sector.
Assinalou que o consórcio liderado pela sua companhia apurou reservas estimadas em 75 biliões de pés cúbicos de gás natural na Área 4 da bacia do Rovuma, norte de Moçambique.
Afirmou ainda que as quantidades de que o país dispõe e o abrandamento expectável na produção de alguns países produtores de gás vão permitir que produtores emergentes como Moçambique tirem partido da demanda de gás natural.
Seck adiantou que a Anadarko aposta numa parceria de longo prazo com Moçambique, estando ainda a reunir as condições necessárias para a tomada da decisão final de investimento no desenvolvimento do projecto de gás natural liquefeito na Área 1 da bacia do Rovuma.
A companhia italiana ENI comunicou, em Novembro, ao Governo moçambicano que vai avançar com o investimento no desenvolvimento do projecto de gás natural na Área 4 da bacia do Rovuma, onde lidera um consórcio que incluiu a portuguesa Galp.