No dia 4 de julho de 2019 a história da luta contra o racismo em São Paulo será considerado um grande dia. Vivemos um período de muito pessimismo, diante de um quadro adverso para implementação de políticas para promoção da igualdade racial em governos estaduais e federal, o que occorreu hoje em São Paulo é digno de registro .
Graças a competente articulação política de gestoras negras do município de São Paulo, podemos celebrar a realização do evento :“ A gestão da organização na atenção das doenças crônicas: A Hipertensão arterial e o Diabete mellitus na População Negra.” Promovido para capacitar, informar sobre ahipertensão arterial eo diabete mellitus quase mil técnicos do município de São Paulo.
Um evento sonhado, esperado, articulado pacientemente por dez anos, pela enfermeira Valdete Ferreira dos Santos- Assessora Técnica dae Saúde da População Negra do Município de São Paulo, que contou com o apoio da Subsecretaria de Direitos Humanos Elisa Lucas.
O professor e pesquisador Luis Eduardo, do Instituto de Saúde da Secretaria Estadual da Saúde, comentava entusiasmado a realização de um evento com quase mil gestores da Atenção Básica da Secretaria da Saúde de São Paulo. Com um objetivo claro de informar sobre linha de cuidados sobre a hipertensão arterial e as doenças doenças cardiovasculares renais na população negra.
Um passo muito importante porque ele esta vindo articulado com linha de cuidado, protocolo de atendimento e formaçao dos médicos sobre a prescriçao medicamentosa para hipertensão na população negra.
As doenças do aparelho circulatório representam um importante problema de saúde pública no Brasil. Por sua vez, o diabetes mellitus (DM) constitui-se em um dos principais fatores de risco para as doenças do aparelho circulatório. Entre as conseqüências mais freqüentes do diabete mellitus encontram-se o infarto agudo do miocárdio (IAM), o acidente vascular encefálico (AVE), a insuficiência renal crônica, as amputações de pés e pernas, a cegueira definitiva, os abortos e as mortes perinatais.
É um processo complexo e que exigiu muita paciência e dedicação, pois a apresentação de dados durante a manhã chuvosa dessa quinta feira surpreendeu positivamente e deu esperança na continuidade da formação de médicos, enfermeiros e técnicos na linha de cuidados sobre a hipertensão e o diabete mellitus . Graças a presença maciça de coordenadores regionais . gerentes e técnicos de todas as unidades de saúde da atenção básica do maior município da América Latina.
Um dia para ficar na história na luta em defesa da vida da população negra de São Paulo