Empresa Netflix reconhece que racismo é um mal negócio e demite executivo

Jonathan Friedland era um dos principais porta-voz da plataforma de streaming; ele usou mais de uma vez o termo “nigger”, considerado ofensivo nos EUA

Redação
Foto: M. Bazzi/DPA
Foto: M. Bazzi/DPA

 

Friedland tuitou que teria feito comentários de forma insensível. “Líderes precisam ser irrepreensíveis e infelizmente fiquei aquém desse padrão quando fui insensível falando para minha equipe”, escreveu o executivo.

Ele passou mais de sete anos na Netflix e, anteriormente, atuava na Walt Disney. A saída de Friedland do Netflix é a mais recente de uma série de importantes executivos renunciando por comportamento inapropriado.

Procurado pela Reuters, Friedland não estava imediatamente disponível para comentar sua saída da empresa.

 

No último sábado (22), a Netflix demitiu um dos seus principais executivos, Jonathan Friedland, por persistir em usar insultos racistas com outros funcionários da empresa.

Em memorando enviado por Reed Hastings, CEO da Netflix, ele relata os três incidentes com Friedland. A primeira, ele teria utilizado a palavra “nigger” em uma reunião sobre palavras sensíveis. O termo é um tabu nos Estados Unidos e considerado ofensivo.

Na ocasião, Friedland se desculpou, mas alguns meses depois, em um evento voltado para funcionários negros, o executivo não tocou no assunto. Na semana passada, Hastings soube de outra situação e resolveu demitir o funcionário.

Dois colegas de trabalho teriam tentado ajudar Friedman após os incidentes, mas ele voltou a usar o termo “nigger” para atingí-los.

“Jonathan contribuiu muito (para Netflix) de várias maneiras, mas seu uso da palavra que começa com N em pelo menos duas ocasiões no trabalho mostrou uma falta atenção e sensibilidade em relação a questões raciais que não correspondem aos valores da nossa empresa”, escreveu Hastings.

 

fonte:http://bahia.ba/entretenimento/netflix-demite-executivo-por-insultos-racistas/

Crise política em Guiné Bissau aprofunda a pobreza e o descrédito no futuro

Fotografia: DR

O PAIGC, partido vencedor das últimas eleições legislativas na Guiné-Bissau, mas arredado do poder, retirou a confiança política ao Presidente do país, José Mário Vaz, anunciou o porta-voz daquela força política, João Bernardo Vieira.

 

A decisão foi tomada numa reunião extraordinária do Comité Central realizada no sábado, numa votação que foi apoiada por 112 dos 123 presentes na sala.
A decisão visa “retirar a confiança política ao cidadão e militante José Mário Vaz por ser o principal promotor de toda a grave crise política que tem assolado o país há cerca de dois anos”, referiu João Bernardo Vieira.

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O partido suportou a candidatura de José Mário Vaz à presidência da Guiné-Bissau, mas o desentendimento tem reinado nesta legislatura, com o Presidente guineense a demitir dois Governos do PAIGC.
O PAIGC, liderado pelo ex-primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, acusa ainda o Chefe de Estado de ter atitudes que demonstram que está determinado em prejudicar o partido.

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Aquela força política vai reunir provas de violação dos estatutos por parte de Vaz e entregá-las ao conselho de jurisdição para que o órgão tome medidas.
Na mesma reunião, o PAIGC decidiu que não irá integrar o novo governo do país, que diz ser de iniciativa presidencial e por tal não estar previsto na Constituição.
O partido imputa ao Chefe do Estado a responsabilidade pelas consequências que poderão advir pelo facto de persistir na crise política ao nomear Sissoco Embaló para liderar o próximo executivo.
Enquanto isso, um movimento de cidadãos da Guiné-Bissau que se auto-intitula Vassoura do Povo diz querer afastar os políticos da governação do país e entregá-la aos cidadãos, de acordo com um membro da organização à imprensa.
A iniciativa, constituída essencialmente por jovens, culpa os políticos guineenses “pelo estado de descalabro” que dizem assolar a Guiné-Bissau e pretende, desta forma, vê-los fora das esferas de decisão durante 10 anos.

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“Todos os políticos deste país já provaram que não conseguem resolver os problemas que eles mesmos criaram e, por isso, têm que sair, têm que deixar o lugar para o povo simples assumir o que quer para si”, declarou Saturnino de Oliveira. “Nós não estamos nem do lado do Presidente da República, nem do presidente do Parlamento, nem dos líderes dos partidos PRS, PAIGC ou do grupo de 15 deputados dissidentes. Para nós, nenhum deles serve”, sublinhou Oliveira.
Saturnino de Oliveira quer um “governo popular” dirigido pelo povo e que trabalhe para o povo e diz que o movimento vai desencadear uma campanha de sensibilização da população sobre os objectivos que preconiza.
A Guiné-Bissau passa por uma crise política há mais de 15 meses e na última semana o Presidente do país, José Mário Vaz, acabou por nomear Sissoco Embaló como quinto primeiro-ministro desde as últimas eleições legislativas realizadas em 2014.
O impasse tem feito com que alguns grupos de cidadãos, sobretudo jovens, saiam à rua.
O Movimento de Cidadãos Conscientes Inconformados (MCCI) organizou durante o mês de Outubro duas manifestações em que juntou centenas de pessoas no centro de Bissau.
As manifestações foram suspensas depois da nomeação de Umaro Sissoco Embaló, na expectativa de que a nomeação do novo governo signifique o fim da crise na presente legislatura.

http://jornaldeangola.sapo.ao/mundo/africa/paigc_nega_integrar_o_governo_de_embalo